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"Porque sei que o que exprimos através de letras tão pequeninas pode se concretizar, depende de um sonho e de quem acredita nele." (Pollyanna C.)
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Fantasma



Perto, mas tão distante
Ouve meu silêncio e finge não se importar.
Sua voz, alegre e tão cantante,
Me faz, te odiando, ainda mais te amar.

De tantos vultos que pela minha vida passaram
Você foi o único que de corpo e alma me atravessou
E dos tão poucos que em minha vida ficaram
Você foi o único que entrou em meu peito e nele se eternizou

E se dissessem que é isto errado,
E se me falassem para de minha mente te apagar,
Eles não saberiam o quão feliz sou ao seu lado
Eles não imaginariam o quanto aprendi a te amar.

Então me diga que todos eles estão errados
E que nada importa mais do que este momento
Então apenas me olhe e fiquemos calados
Tentar explicar o amor é pedir pelo tormento

Se o medo me consome
E insiste em não sair,
Eu grito o teu nome
E sorrio, pois sei que você está aqui.

Eu te dei a forma, você me deu a vida,
Em ti me encontrei e tive sempre um abrigo.
Teu suave sopro ansiando aliviar-me a ferida,
Hoje sei, fantasma, teu nome é amigo!
(Pollyanna Cristina)


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quando a influência encontra um ser de personalidade fraca...








                Ser influenciado, até certo ponto, é uma coisa boa. O ser humano, em si, tem a característica de se socializar. Sendo assim, é mais do que natural que ele venha a ser influenciado pela sociedade em que vive. Houve um filosofo que disse certa vez que “o homem é um produto do meio”. De fato, a sociedade tem um papel importante no que diz respeito ao molde de nosso caráter, mas não o faz de todo. Se assim o fosse, um ser que nascesse em um ambiente em que o crime reina, obrigatoriamente seria um criminoso, assim como um que nascesse em um ambiente onde a educação tem valor, seria muito bem-sucedido. Mas nem sempre é ou precisa ser assim...
                Como já foi dito, socializar-se é algo próprio do ser humano. As influências vão existir e isso é o que faz com que expandamos o nosso conhecimento, pois, a partir do momento em que nos abrimos para novas concepções estamos crescendo enquanto pessoas, já que é evidente que ninguém possui total conhecimento sobre alguma coisa e ter ciência disto é o primeiro passo para querer crescer na vida, admitindo, portanto, que nunca será melhor nem pior que ninguém, que cada um é dono de suas verdades e que viver é uma troca contínua dessas verdades e que nosso crescimento na vida diz respeito ao crescimento, sobretudo, para conosco.
                Porém, o ponto-chave deste texto é a falta de personalidade que há em muitas pessoas. Elas sempre permitiram que a sociedade as moldasse, mas não fizeram a união de tudo aquilo para chegar em algo que fosse único, que fosse suas opiniões. Então, elas aceitam tudo que a sociedade, sobretudo a mídia, as impõe e vão mudando de opinião à medida que a sociedade muda. Não as critico pelo que gostam ou acreditam, critico-as por não gostarem ou acreditarem por uma opinião delas e sim por uma influência excessiva que sobrepõe o direito da pessoa de ser aquilo que ela faz de si mesma.
(Pollyanna Cristina)

Eu Odeio Gente Velha









           Eu odeio gente velha. Sim, eu odeio. Como muitos, você deve estar imaginando “que pessoa insensível, preconceituosa, mal-educada”. Sincera seria a palavra mais adequada.
            Vejo pessoas deste tipo todos os dias. São jovens, adultos ou como queira classificá-los conforme a sua respectiva faixa etária. Para mim, não passam de pessoas velhas.
            São pessoas que vivem um dia e envelhecem cem. Pessoas que se cansam demais, que reclamam demais, que esperam demais, que querem demais e que vivem de menos.
            Cansam-se da vida, reclamam da vida, esperam da vida, querem da vida e não a vivem. Deixam-na passar.
            Nós nascemos. Temos o fôlego de quem quer descobrir o mundo antes que ele acabe. Ninguém pode conosco. Corremos, brincamos, descobrimos e reinventamos.
            Com o tempo, tudo fica vazio e sem graça. Já descobrimos demais. Já perdemos a paciência. perdemos o desejo de saber. Temos pressa novamente. Mas não da caminhada, e sim da chegada.
Queremos chegar logo ao fim das aulas, do trabalho, em casa. No outro dia, queremos chegar logo à escola, ao trabalho. E depois queremos sair de lá. Quem entende isso? Cadê o meio disto tudo? Cadê o aqui e o agora? Queremos chegar logo, mas aonde? Alguém se lembra qual o começo de tudo isto?
Enxergo pessoas que falam demais, se incomodam demais, se irritam demais e fazem de menos.
Falam do que há de ruim, se incomodam com isto, se irritam com isto e ficam de braços cruzados.
Pessoas omissas. Não vivem a vida, passam por ela. São figurantes. Não que eles não tenham sua importância. Longe disto. Mas se têm potencial pra ser o melhor, por que se contentar com tão pouco? Muitos têm ambição, têm fome, têm desejo.
Ambição de dinheiro, fome de poder, desejo de enriquecer. Onde está o âmbito de crescer na vida, amadurecer, a fome do saber?
Uma idade não pode ser medida pelo ano que se nasce. Há tantos jovens e adultos que carregam consigo tanta velhice.
Admiro os idosos. Eles, diferentemente destes, já fizeram demais. Tiveram sua vez, fizeram sua parte. Hoje descansam, colhem o fruto de uma vida.
Existem pessoas que só fazem reclamar. Esquecem-se de que há tanta vida pra viver ainda.
Pra mim, existem quatro tipos de pessoas: crianças, jovens, adultas e velhas.
Pessoas crianças são aquelas que ainda não amadureceram o suficiente pra discernir sonhos de utopias. Acreditam em tudo. São felizes como são, embora ainda estejam longe de se completarem como pessoas.
Pessoas jovens são aquelas que já sabem discernir as coisas, só não sabem ainda como usar. Ainda erram bastante. Mas desejam o mundo. Sabe que é a sua vez, que o mundo em breve estará em suas mãos. Acham que podem tudo. E estão quase certas. Elas lutam, elas querem, elas desejam. Têm sonhos, vontades, ambições.
Pessoas adultas são aquelas que sabem que têm responsabilidades. Mais do que sonhos, elas vão em busca de concretizações. Sim, elas podem. É a vez delas. Erram menos, mas ainda erram. E às vezes esquecem-se disso.
Pessoas velhas são aquelas que perderam o gosto de tudo. Não encontram sentido em quase nada, embora queira explicar quase tudo. Querem definir a vida e não vivê-la.
Essas são minhas definições de pessoas. Não são por faixa etária, e sim por amadurecimento. O amadurecimento é relativo e varia de pessoa pra pessoa. Quantos “jovens” não são crianças, adultos ou velhos? Quantos adultos não são “jovens”, “velhos” ou até mesmo crianças? Idade é o tempo de vida. Se você não vive a vida, e sim passa por ela, quantos anos você, de fato, tem? Pense nisso e veja em qual dessas definições você se encaixa ou em qual queira se encaixar.
É hora de mudar. Nunca é tarde demais. Nunca se é velho demais. Não quando ainda se carrega os sonhos de uma criança, o desejo de um jovem e a responsabilidade de um adulto.

(Pollyanna Cristina)